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Olá, meu nome é Tiago (Professor Panela) e nesse espaço você verá algumas ideias minhas (e de outros), refletidas a partir de leituras e do aprendizado com outras pessoas. Acho importante esse tipo de blog porque a educação musical ainda está engatinhando em nossas escolas e o apoio que recebemos ainda é insuficiente. Espero que todos participem com dicas, conselhos, atividades, etc. para que todos possam aprender e trocar experiências.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Palestra sobre currículo


Assisti a uma palestra sobre cursos de pós-graduação com o professor Dr. Ney Carrasco e realmente muita coisa eu não tinha conhecimento sobre o funcionamento de cursos de pós-graduação.

Vou enumerar alguns pontos:

- todo cursos possui uma nota pela CAPES: a UFPR possui CAPES 4, por exemplo.
Uma coisa que eu não sabia é que essa nota pode mudar para melhor ou pior e isso sempre é atualizado, automaticamente, em seu currículo lattes do site CNPQ. Isso quer dizer que, se você se formou quando seu curso tinha nota CAPES 3, mas depois de 10 anos, a nota do curso subiu para 4, essa nota 4 e não a 3 é a que constará em seu currículo.

- sempre coloque suas experiências mais relevantes e , quando você estiver cursando uma pós-graduação, seria interessante para o seu curso/instituição, que essas experiências também tenham relação com sua linha de pesquisa; exemplo: você está fazendo uma pesquisa sobre música barroca, mas toca toda semana com seu grupo de, sei lá, bossa nova, samba, choro. Isso é bom para o seu currículo, mas não para a instituição, pois não há relação.

- sempre tentar "enxugar" o currículo; exemplo: se você tocou 10 vezes no ano, em sua universidade ou na orquestra, ou qualquer outra situação semelhante, não coloque tudo, mas sim: 10 apresentações com a orquestra/ com o grupo... mas, e sempre tem um mas, se você foi solista ou determinada peça tem relação com sua linha de pesquisa, aí seria interessante dar uma atenção DIFERENCIADA para essa/essas peças.

- acima de tudo, num curso de pós-graduação luta-se pela autonomia do aluno afinal, futuramente, ele será um professor, um colega, então... vamos lá, tomar as rédeas da própria formação.


Por fim, gostaria de comentar que a fala do professor Ney Carrasco se assemelhou muito com a de Paulo Freire. Toda essa ideia de autonomia do aluno, de se apoderar do conhecimento e recriá-lo/reinventá-lo, com uma postura crítica, reflexiva foi muito legal. Realmente, somos treinados a aceitar tudo o que o professor fala e, sem falar, em ser cordeiros guiados, como também ser vítimas de um educação bancária, que somente se preocupa em depositar conhecimento.

A saída é mudar isso, como o próprio professor afirmou. Se nossos professores não estão conseguindo, é a nossa responsabilidade.

Então...
Vamos lá...


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