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Olá, meu nome é Tiago (Professor Panela) e nesse espaço você verá algumas ideias minhas (e de outros), refletidas a partir de leituras e do aprendizado com outras pessoas. Acho importante esse tipo de blog porque a educação musical ainda está engatinhando em nossas escolas e o apoio que recebemos ainda é insuficiente. Espero que todos participem com dicas, conselhos, atividades, etc. para que todos possam aprender e trocar experiências.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Loop, Jingle e Música Minimalista


 Esse post é baseado em uma orientação que dei para um aluno da disciplina de estágio.

Como eu trabalhei, basicamente, um ano com esse tipo de música, me senti um tanto a vontade para dar algumas dicas.

Devido ao tempo curto que se tem para compor esse tipo de música, muitas vezes o compositor utiliza a ideia de LOOP.

Bom, o LOOP seria a utilização de um padrão rítmico de maneira insistente. Ele é utilizado para facilitar a vida do compositor e geralmente é utilizado para a bateria. Existem loops harmônicos também (sequências harmônicas pré-feitas). Na música eletrônica há a presença forte dessa ideia de loop.

Na verdade, as músicas de hoje trabalham dessa forma. Você poderia pegar uma música popular do gosto dos seus alunos e tentar achar os loops. Tipo: a bateria é sempre igual?; os acordes sempre seguem a mesma sequência? A ideia é fazer um exercício simples de reflexão.

Como atividade, o professor pode propor a criação de um compasso rítmico para servir de loop (loop 1) e um compasso para a “virada”. Num loop, sempre tem um compasso diferente para denotar uma mudança na música. Às vezes, isso pode ser um ruffato de bateria, uma escala de piano, mas no caso da aula, poderia ser uma pequena alteração rítmica do loop 1. Seria uma aula mais voltada para composição ou arranjo, mas também pode servir com a ideia de compreensão da estrutura, utilizando o JINGLE como modelo.

Por fim, o professor pode associar a ideia de LOOP com a música minimalista. Em alguns exemplos isso fica bem claro. Claro que o minimalismo tem a sua concepção de ir incluindo, aos poucos, os elementos. Porém, dentro dessa concepção, acaba-se criando loops. Isso que é interessante.

MINIMALISMO

La Monte Young 

Terry Riley (In C)

Steve Reich (Piano Phase)

Steve Reich (Clapping Music)

Mero deslocamento do tempo.

Philip Glass (Two Pages)


Philip Glass (Music in Fifths)


Nesse LINk: http://www.musica.ufmg.br/permusi/port/numeros/11/num11_cap_03.pdf, há um texto que fala sobre minimalismo e foi dele que eu tirei os exemplos acima citados.

O professor pode abordar a música Minimalista de inúmeras formas. Como é prudente sempre associar a música erudita com algo do cotidiano do aluno, pensei nessa relação.

FUI.



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