Meu coração aqui se alimenta
O Ser se escreve com maiúsculo
Dos venenos, de uma vida sem beleza.
Minha alma agora grita por clemência
Entorpecida por um sonho que acalenta.
Cantiga que desperta o sono inerte
Que canção é essa que eu escuto?
Sorrateira melodia que adormece,
Que maldiz o puro anelo, resoluto.
O frio de uma alma adormecida,
Distraída pelos vícios, pelas dores.
Esquece que esquece o sofrimento
Tão banal é sua vida, seus valores.
Distraída pelos vícios, pelas dores.
Que canção é essa que eu escuto?
Que maldiz o mais puro anelo, resoluto.
Minha alma agora grita por clemência.
Tão ditoso se parece o esquecimento,
Enraizado em terras ardilosas
Cultuado por defeitos que afagam
Meu amor, a essência vultosa.
Como diz as linhas do poeta
“O ser que é ser transforma tudo em flores.
E para ironizar as próprias dores
Canta por entre as águas do dilúvio”.
O Ser se escreve com maiúsculo
E luta pelo anelo resoluto
Pelo Amor, “pela nobre fé tranqüila”.
Se expande pelo cosmos, pela vida.
Meu coração aqui se alimenta
Dos venenos de uma vida sem beleza
Mas o Ser transforma a malvadeza,
Desperta do sonho, da fraqueza.
Que cantiga é essa que desperta?
Que canção é essa que eu escuto?
Que pureza é essa que me afaga?
Que desperta o mais puro anelo, resoluto?
Meu coração aqui se alimenta,
Das impressões de uma vida, da existência,
Das sombras vencidas em meu peito,
Vejo a vontade que cativa o mim mesmo.
E por mais forte que pareça a tristeza,
Meu coração agora se alimenta,
Do Ser, da nobre fé tranqüila,
Da essência, do anelo, da pureza!
Por Mim mesmo
Mês de agosto (2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário