A importância do plano de ensino basicamente está relacionada a organização de todo um planejamento, recheado por referenciais teóricos, reflexões e vivências. O Plano de Ensino nos ajuda a trilhar uma ordem lógica para nossos planos de aula e, dessa forma, uma organização coerente e bem pensada.
Também é importante que o Plano de Ensino seja "coerente com a legislação em vigor, com as diretrizes curriculares do Estado e do Município e, finalmente, com o projeto político pedagógico e a matriz curricular da escola" (ROMANELLI, 2009, p.125)
Dessa forma, percebemos o grau de importância de se ter um Plano de Ensino e que esse seja bem estruturado e também condizente com as leis.
Como coloca Romanelli (ibid, p.126) "O planejamento é uma atribuição do professor que consiste na sistematização do ensino para desenvolver situações educativas, por meio da previsão das ações docentes." Esse tipo de planejamento obriga o educador a sistematizar a aula, com a ordem dos conteúdos, repertórios a serem usados, reflexões didáticas, recursos materiais utilizados, como também a avaliação. Os planos de aula só são feitos a partir do planejamento do Plano de Ensino. Com esse planejamento, com todas essas etapas traçadas, o professor evita a improvisação decorrente da falta de organização.
Em decorrência de toda essa organização, as reflexões podem ser mais profundas, por que o educador, consciente do resultado obtido dentro da sala de aula e associando isso ao seu planejamento, repensa a prática e, dessa forma, gerando modificações que promovam o aprendizado do aluno. Sua proposta fica mais organizada e melhor embasada.
Romanelli (ibid, p. 126) ainda coloca que "O planejamento é, muitas vezes, considerado o primeiro passo da atividade docente. Entretanto, deverá ser precedido pelo conhecimento da realidade na qual será desenvolvida a prática educativa [...]". Conhecer a realidade do ambiente escolar que o educador fará sua prática pedagógica é fundamental, pois a realidade encontrada repercuti em vários aspectos, como: filosofia do plano de ensino, conteúdos abordados, didática, recursos materiais, tipo de repertório (principalmente se o educador utiliza a teoria do cotidiano) e o Plano de Ensino sempre deve se adaptar a essas exigências.
Essas reflexões são sempre trabalhosas, porém necessárias.
É função do educador pensar sua prática com seriedade e profissionalismo.
Por fim, recomendo a leitura do livro Práticas de Ensinar Música: Legislação, Planejamento, Observação, Registro, Orientação, Espaços e Formação (2009), organizados pelas professoras Teresa Mateiro e Jusamara Souza.
ROMANELLI, Guilherme G. B. Planejamento de aulas de estágio. In: MATEIRO, Teresa; SOUZA, Jusamara. Práticas de Ensinar Música. 2009, p. 125-137.
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