Olá, meu nome é Tiago (Professor Panela) e nesse espaço você verá algumas ideias minhas (e de outros), refletidas a partir de leituras e do aprendizado com outras pessoas.
Acho importante esse tipo de blog porque a educação musical ainda está engatinhando em nossas escolas e o apoio que recebemos ainda é insuficiente. Espero que todos participem com dicas, conselhos, atividades, etc. para que todos possam aprender e trocar experiências.
Estava fuçando no Youtube e achei esse vídeo sensacional. Para mim, é tudo sensacional, na verdade.
Vá ao youtube - hehehehe
Foi interessante perceber os momentos:
1º) o comentário do jurado sobre os participantes.
2º) o encanto surpreendente das duas vozes combinadas e, com certeza, a voz do tenor chamou mais a atenção.
3º) a surpresa dos jurados; eles acabam de "descobrir" um cantor com potencial absurdo.
4º) a música é belíssima, com uma melodia suave e cativante.
5º) a letra é sensacional;
6º) a redenção dos jurados ao talento, mas ainda a vergonha pelo julgamento sem justificativa do início da apresentação.
7º) o publico aplaude de pé e não poderia ser por menos, já que música, letra e interpretação foram memoráveis. É bem verdade que houve muitas desafinações, mas tudo bem.
Confesso que nessas horas eu consigo ver o poder da música.
Acho que esse tipo de vídeo pode ser passado para as turmas. Mas qual seria a justificativa pedagógica para isso? Nenhuma.
Às vezes, nós professores temos que buscar chocar os alunos por meio de ações que sejam coerentes com a ideologia de cada um.
Eu, particularmente, usaria esse vídeo como forma de mostrar, para os alunos, sobre dois jovens, com 16 e 17 anos, que produzem música de alto nível. Porém, para isso, é necessário movimento, ação, dedicação e interesse. A escola não visa formar músicos, mas o professor de música da escola pode sim incentivar seus alunos a aprenderem a cantar ou tocar um instrumento.
Antes de entrar na faculdade, eu tocava teclado e compunha músicas pelo simples prazer de criar algo, ou tocar a música que eu gostava. E como isso me preenchia, me fazia feliz. Então, o professor pode incentivar seus alunos a estudarem música.
Se você quiser, pode até usar esse vídeo. Aproveite, pois ele tem curta duração,e use-o para fins educacionais.
O começo da música, em especial, é bastante interessante. A música está em F maior e há uma tonicização (C#). Esse aspecto pode ser problematizado na aula.
FCBbCF
Sognamo un mondo senza più violenza
FCBbCF
un mondo di giustizia e di speranza
BbF
Ognuno dia la mano al suo vicino
DmC#BbmF
Simbolo di pace, di fraternità
Aqui, o professor pode falar sobre tonicização, entrando em aspectos de harmonia, Claro, tudo muito light, afinal é uma escola de educação básica. O uso da apreciação direcionada também é pertinente nesse uso.
Quais aspectos essa música ainda permite discutir? É sempre bom perceber o que o repertório está de fornecendo de conteúdo para trabalhar em aula.
Para mim, outro aspecto interessante é a própria ópera. Sem contar o dueto e a questão da ópera na atualidade.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o arranjo. O que foi a utilização dos timbres no começo da música? Teclado, baixo elétrico e oboé? Hehehehe. Será que ele seria encontrado nas óperas mais antigas? Por quê?
Por fim, a questão do bullying pode ser abordada pelo professor de Arte. Aproveite, pois nós somos os "professores legais" - hehehehe...Fale sobre isso. Não esqueça do aspecto social do ensino.
Bom, antes de mais nada
queria comentar que há alguns tipos de "interdisciplinaridade". É
bom, para quem tiver interesse, ler sobre esse assunto.
Acima de tudo, o fundamental
é sempre pensar a interdisciplinaridade como algo que possibilite uma educação de
qualidade e de como o professor pode fazer isso.
Como nem toda escola possui
método para ensinar música é sempre bom o professor ter da onde partir. Minha
sugestão seria o diálogo entre História e Música.
Na verdade, tenho que
reconhecer que minha proposta é bem simplória e até meio óbvia. Mas, mesmo
assim, resolvi comentar aqui no blog.
Vamos lá F
Conversei com um amigo, que
é professor de História, sobre minha ideia e ele enviou para mim o planejamento
dele. Nesse documento há os eixos temáticos para a orientação sobre o que
ensinar durante (no caso dele) do 5º ao 9º ano (Ensino Fundamental - Fase II).
A ideia que proponho é dos
professores de Música e História pensarem o currículo conjuntamente, ou seja, num
diálogo em que os alunos possam compreender que em tal período ocorreu tais
movimentos culturais; quais compositores se destacaram; quais composições foram
mais "importantes".
Quando eu era estudante,
principalmente no Ensino Médio, senti essa falta de contextualização. Imagine
como seria interessante estudar J.S. Bach, L.V.Beethoven, Palestrina, como
também os músicos contemporâneos, conhecendo as características sociais, políticas
e econômicas que esses compositores vivenciaram.
A compreensão, quando
contextualizada, fica mais fácil de ser alcançada. Eu defendo essa ideia, pelo
menos.
Seguindo essa linha de
raciocínio, o professor de música pode ter seu planejamento de ensino facilitado
também. Como a disciplina Arte, ou de Educação Musical, geralmente não possui
um planejamento, uma orientação "vinda de cima", até porque é uma
área bastante depreciada no mundo escolar, o professor acaba por ter que se
virar. Com esse diálogo, acredito que tanto os professores de música, como os
alunos serão privilegiados.
Porém, haverá a necessidade
de diálogo entre professores e esse pode ser um empecilho. Nem todos querem
dialogar com o colega, por falta de interesse, ou de tempo, etc. Mas tudo pode
ser conversado.
Bom, vou dar um exemplo de
planejamento de Música, a partir de um plano de ensino de História.
De acordo com o conteúdo
programático passado pelo meu amigo, o 8º ano possui 4 cadernos.
O Caderno 1 é assim pensado:
8º ano
Unidades
Capítulos
1 A Inglaterra
absolutista e as 13 colônias (XV-XVII)
1 O absolutismo
2 O absolutismo
inglês
3 As revoluções
inglesas
4 A colonização da
América do Norte
2 A época do ouro no
Brasil (XVIII)
1 A descoberta e a
exploração do ouro
2 Portugal e o ouro
brasileiro
3 O crescimento do
mercado interno e da vida urbana
4 A vida cotidiana
nas cidades mineiras
Há mais 3 cadernos, mas a
ideia desse post é apenas sugerir uma ideia/reflexão sobre como montar o plano
de ensino para o professor de Música.
Baseado nesse quadro, que
seria o conteúdo do 1º bimestre do 8º ano, o professor de Música pode pensar em
algumas alternativas para as suas aulas. Antes de mais nada, é importante
destacar que se pode partir dos séculos citados (XV-XVII e XVIII), porém o
professor precisa seguir o eixo temático proposto:
Séculos XV-XVIII: Inglaterra;
absolutismo; a colonização da América do Norte
Século XVIII: Época de ouro
no Brasil (a descoberta do Brasil, pelos portugueses, foi abordada no 7º ano).
Com esses eixos temáticos,
teremos "ideias" para trabalhar no 1º bimestre do 8º ano e, como
objetivo principal, tornar essa compreensão bem mais clara e significativa para
os alunos.
Assim, temos os eixos
temáticos. Por meio deles, pode-se ensinar teoria musical.
Bom, vamos para as ideias
musicais baseadas nesses eixos temáticos:
1.
A INGLATERRA ABSOLUTISTA E AS 13 COLÔNIAS (XV-XVII)
Música
nas dinastias Tudor e Stuart.
Compositores
Madrigal
Inglês
Escola
Elisabetana
Alguns compositores:
Wiilliam Byrd & Tristitia et Anxietas
Wiilliam Byrd & Música para o instrumento Cravo
Thomas Morley & Phillis, I fain would die now
April is in my mistress face
Como também John Dowland (coloquei algumas coisas em outro post), Nicholas Yonge, John Wilbye, Thomas Weelkes & Orlando Gibbons.
Ficou bastante coisa. O professor pode falar/relembrar que entre os séculos XV-XVII houve a mudança do período Renascentista para o Barroco e, consequentemente, alterações na harmonia, marcadas pela presença da musica ficta e do início do tonalismo. Também, pode falar sobre a vida deles e suas obras, tudo de maneira acessível para essa etapa. Propiciar audições críticas ou apenas apreciativas, como também estudar os instrumentos mais utilizados nesse período como a voz, o alaúde e a viola, por exemplo. Sempre é interessante propiciar atividades que possibilitem uma reflexão sobre esse repertório e etapa da história.
Coloquei alguns compositores
que podem ajudar a "ilustrar" essa fase do absolutismo inglês. No
livro História Universal da Música, Vol.1, de Candé, há mais informações sobre
isso.
Acho que seria adequado
utilizar, no máximo, um compositor por aula.
Claro que esse seria o eixo
temático da aula. Limitar tudo a história da música ser muito chato para o
aluno, sem contar que tornaria a aula totalmente voltada ao professor, sem
muita participação do aluno. Assim, como venho comentando em outros posts, é interessante
trazer o aluno para a aula, pois isso torna o conteúdo mais significativo.
Além da história, o
professor deve falar de instrumentos, como também propor atividades musicais
que partam do conteúdo proposto.
2 A ÉPOCA DO OURO NO BRASIL (XVIII)
- surgimento
dos primeiros compositores importantes do Brasil, muitos deles mulatos
(lembrando que a escravidão ainda existia no nosso país).
Exemplos:
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Manoel Dias de Oliveira, Francisco Gomes da Rocha, Marcos Coelho Neto Pai & Marcos Coelho Neto Filho. Existem livros de História da Música que falam sobre isso. Quem nunca leu o História da Música no Brasil do Vasco Mariz, por exemplo.
Colocarei um exemplo de obra de um destes brasileiros:
Bênção das Cinzas e Missa de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita
Ladainha de Nossa Senhora (Kyrie) de Marcos Coelho Neto Filho
Aqui, segue-se a mesma ideia citada anteriormente: trabalhar com a parte histórica, comentar algo sobre instrumentos, como também ensinar algum aspecto mais teórico da música (ex: tercina, altura...), como também propiciar a audição de músicas.
Esse post é baseado em uma orientação que dei
para um aluno da disciplina de estágio.
Como eu trabalhei, basicamente, um ano com
esse tipo de música, me senti um tanto a vontade para dar algumas dicas.
Devido ao tempo curto que se tem para compor
esse tipo de música, muitas vezes o compositor utiliza a ideia de LOOP.
Bom, o LOOP seria a utilização de um padrão
rítmico de maneira insistente. Ele é utilizado para facilitar a vida do
compositor e geralmente é utilizado para a bateria. Existem loops harmônicos
também (sequências harmônicas pré-feitas). Na música eletrônica há a presença
forte dessa ideia de loop.
Na verdade, as músicas de hoje trabalham
dessa forma. Você poderia pegar uma música popular do gosto dos seus alunos e
tentar achar os loops. Tipo: a bateria é sempre igual?; os acordes sempre
seguem a mesma sequência? A ideia é fazer um exercício simples de reflexão.
Como atividade, o professor pode propor a
criação de um compasso rítmico para servir de loop (loop 1) e um compasso para
a “virada”. Num loop, sempre tem um compasso diferente para denotar uma mudança
na música. Às vezes, isso pode ser um ruffato de bateria, uma escala de piano,
mas no caso da aula, poderia ser uma pequena alteração rítmica do loop 1. Seria
uma aula mais voltada para composição ou arranjo, mas também pode servir com a
ideia de compreensão da estrutura, utilizando o JINGLE como modelo.
Por fim, o professor pode associar a ideia de
LOOP com a música minimalista. Em alguns exemplos isso fica bem claro. Claro
que o minimalismo tem a sua concepção de ir incluindo, aos poucos, os
elementos. Porém, dentro dessa concepção, acaba-se criando loops. Isso que é
interessante.
O professor pode abordar a música Minimalista de inúmeras formas. Como é prudente sempre associar a música erudita com algo do cotidiano do aluno, pensei nessa relação.
No livro "Educação Sonora", do autor R. Murray Schafer e tradução de Marisa Fonterrada, há uma proposta de 100 exercícios de escuta e criação de sons. Na página 38, exercício 14, Schafer propõe a criação de um Diário de Sons. As atividades com esse diário podem ser começadas através de uma atividade realizada em sala de aula. Como produto final, os alunos escrevem em seu diário os sons debatidos, comentados, percebidos durante a atividade. No exercício 14, Schafer propõe que os alunos escrevam, todos os dias, alguma coisa. Que escrevam notas a respeito de sons "não habituais que tenham escutados, suas reações a eles, pensamentos gerais acerca do ambiente acústico, qualquer coisa que considere significativa." (SCHAFER, 2009, p. 38). Schafer (2009) ainda coloca que esse diário é para o benefício do aluno e que ele não precisa ler para os outros. Porém, como uma forma de reflexão e percepção, os diários podem ser trocados, para que os alunos percebem a riqueza de sons existentes e que eles, eventualmente, ainda não tenham se dado por conta, como também o aluno pode ler em voz alta, em sala de aula ou em grupos, para um debate. Achei bastante interessante essa atividade, pois propicia algo muito maior que a música; propicia uma percepção de mundo, o desenvolvimento da concentração, da percepção espacial, pois, naturalmente, as pessoas estão distraídas em seus pensamentos e, muitas vezes, nem se percebem. Respeito bastante o trabalho desse autor, pois ele faz com que a nossa atenção seja despertada para coisas que são tão vivas, tão reais em nosso mundo mas, que por algum motivo, a gente não percebe. Desenvolvendo o hábito da percepção sonora, a valorização da música, consequentemente, aumenta. Fica a dica de leitura. O livro é bastante barato, acessível a todos. SCHAFER, R. M. Educação Sonora. Tradução: Marisa Fonterrada. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009.
Há um livro muito bom
chamado " Música - Entre o audível e o invisível" da Yara Borges Caznok,
que trata dessa temática. Dessa forma, as ideias estão baseadas nessa
literatura.
Você pode comprar esse livro em qualquer livraria.
É sempre interessante
mostrar para os alunos uma aula diferente, aliás, mostrar coisas, eventos,
músicas, etc. interessantes, que ocorreram durante a história.
Assim, proponho a seguinte
ideia:
1º) Questionar os alunos
sobre a utilização de cores em apresentações de música. Possivelmente, todos
dirão que isso é normal, levando com consideração que há shows musicais que são
verdadeiros "eventos pirotécnicos".
Hoje, isso não é novidade. Seria
interessante perguntar para eles se a utilização de luzes seria adequada para
um espetáculo de música erudita, por exemplo.
2º) Falar, bem
objetivamente, sobre a relação cores e tratados de música. Eu usaria o seguinte
texto: "Pessoal, desde muito
tempo atrás, no período barroco/renascentista da música, existiram
autores/teóricos que tentaram estudar a relação da música com as cores. As
ideias iam desde afirmar que modos ou tons possuíam determinadas cores (ex:modos,
Kircher), como também timbres e alturas possuíam cores. (ex: cores claras=notas
mais agudas; cores escuras=notas mais graves). Muito se relacionou as emoções com determinados aspectos musicais. Isso foi normal na análise retórica, que
existiu no período renascentista e barroco e,atualmente, está tentando voltar
com alguns teóricos, como o brasileiro Acácio da Piedade. Com os trados, também foram relacionados emoções à aspectos musicais e, por conseguinte, as cores.
3º) Musicalmente falando,
alguns importantes compositores da histórica da música erudita também se
aventuraram na utilização das cores. Cito alguns (exemplos tirados do livro da
Yara Caznok):
- Arnold Schoenberg: Opus 16, n.º 3 - Forben
- Anton Weber: Fuga (Ricercata), n.º 2
- Alexander Scriabin:
Prometheus, the Poema de Fogo - Part 1
*espécie de documentário (em inglês)
- Oliver Messiaen: Appel
Interstellaire from Des canyons aux étoiles
* no capítulo 1, Caznok expõe como cada autor pensou em utilizar a música e a cor.
4º) Para a aula não ficar
muito cansativa, o professor pode escolher somente um desses exemplos e
aproveitar para falar um pouco sobre histórica da música. Claro que a ideia
poderia/deveria seguir o eixo temático "cores e música". Seria
interessante falar da relação que esses compositores traçaram com a utilização
das cores.
5º) Como prática, sugiro uma
atividade que foi ensinada por meu orientador de mestrado e desenvolvida por
meu colega Jairo e eu: escolhemos a música "Primeiros erros", que
atualmente é executada pelo grupo Capital Inicial e utilizamos garrafas de
plástico, de água mineral (250ml). O colega Jairo colocou diferentes medidas de
água em cada garrafa, com a ideia de gerar as notas musicais e, para cada grau da escala, utilizou cores diferentes. É
importante ressaltar isso: as cores determinaram os graus. Foram escolhidos os
graus mais comuns da múscia popular: I - IV - V - VI. Para a "fabricação"
das cores, foram utilizadas gelatinas. Dessa forma, por exemplo, o I grau ficou
com a cor verde; o IV com a cor vermelha, etc. Na verdade, o professor pode
escolher a cor que quiser ou, se preferir, utilizar alguma sugestão exposta no
livro da Yara Caznok (cap.1). Dessa forma, as garrafas com água colorida serviram como
apoio harmônico para a execução (canto) da música. Aqui, a ideia foi de
estabelecer ess apoio harmônico, como
também propiciar a experiência de acompanhar uma música com garrafas, algo bem inusitado.
6º) O professor pode
proceder de inúmeras maneiras para a realização dessa atividade:
- colocar a letra no quadro
(giz ou com projetor)
- Ensaiar a letra
- Ensaiar a execução das
garrafas com água colorida.
- Realizar a execução da
música. A turma pode ser dividida (canto/garrafas), até pelo números de
garrafas que estarão disponíveis.
Sugiro a execução da música
em bloco: garrafas atrás ou em na direita ou esquerda; e os cantores na frente
ou na direita <->esquerda. Na experiência realizada na sala de aula,
achei que na disposição por círculos o som das garrafas ficou muito baixo.
*cada parte da letra, quando
tiver um acordo, o professor pode colocar o grau que esse acordo representa e
reger a execução. Aqui, o professor pode pedir para um aluno realizar essa
tarefa.
**alguns alunos,
possivelmente, não conseguirão "tirar" som das garrafas. Esses podem
reger ou cantar.
7º) Por fim, o professor
pode questionar os alunos se, apesar das cores diferentes, se há notas
semelhantes nas garrafas. Ex:
I = dó - mi - sol
V = sol - si - re
8º) Esse tipo de atividade
dá margem para falar de harmonia também. Mas isso ficará para outra
oportunidade. Como temas paralelos, como comentou o professor da disciplina, poderíamos ter falado de acústica e alguns instrumentos de sopro. Através da associação da acústica, poderíamos falar sobre sons graves e agudos e a quantidade de água necessária para gerar determinada água. Todos os sons graves, por exemplo, necessitam de mais espaço para ser produzido. Por exemplo, garrafas com menos água; um tubo de ressonância da marimba, no grave, é maior que no agudo, etc. Sobre os instrumentos de sopro, poderíamos falar sobre os que seguem o mesmo princípio de embocadora ou particularidades musicais, por exemplo, e explorar o mundo dos alunos em direção do aprendizado de novos instrumentos musicais. Meu professor sugeriu a abordagem dos instrumentos: Zampoña e Skuduciai "Zampoña" "Skuduciai"
Vou sugerir a leitura de uma
dissertação de mestrado da Priscila, pois ela comenta sobre a relação entre
tecnologia e adolescentes. A pesquisa dela é mais focada no processo de escuta,
ou seja, telefones, IPhone, IPad, Mp4...
Vale a pena conferir.
Ela também abordou algumas
relações que os adolescente realizam com a música, tais como: refletir, curtir
com a galera, executar música, se sentir pertencente a um grupo, etc.
TÍTULO: A utilização de
tocadores portáteis de música e sua consequência para a escuta musical de
adolescentes
Assisti a uma
palestra sobre cursos de pós-graduação com o professor Dr. Ney Carrasco e
realmente muita coisa eu não tinha conhecimento sobre o funcionamento de cursos
de pós-graduação.
Vou enumerar
alguns pontos:
- todo cursos
possui uma nota pela CAPES: a UFPR possui CAPES 4, por exemplo.
Uma coisa que
eu não sabia é que essa nota pode mudar para melhor ou pior e isso sempre é
atualizado, automaticamente, em seu currículo lattes do site CNPQ. Isso quer
dizer que, se você se formou quando seu curso tinha nota CAPES 3, mas depois de
10 anos, a nota do curso subiu para 4, essa nota 4 e não a 3 é a que constará
em seu currículo.
- sempre
coloque suas experiências mais relevantes e , quando você estiver cursando uma
pós-graduação, seria interessante para o seu curso/instituição, que essas
experiências também tenham relação com sua linha de pesquisa; exemplo: você
está fazendo uma pesquisa sobre música barroca, mas toca toda semana com seu
grupo de, sei lá, bossa nova, samba, choro. Isso é bom para o seu currículo,
mas não para a instituição, pois não há relação.
- sempre
tentar "enxugar" o currículo; exemplo: se você tocou 10 vezes no ano,
em sua universidade ou na orquestra, ou qualquer outra situação semelhante, não
coloque tudo, mas sim: 10 apresentações com a orquestra/ com o grupo... mas, e
sempre tem um mas, se você foi solista ou determinada peça tem relação com sua linha
de pesquisa, aí seria interessante dar uma atenção DIFERENCIADA para essa/essas
peças.
- acima de
tudo, num curso de pós-graduação luta-se pela autonomia do aluno afinal,
futuramente, ele será um professor, um colega, então... vamos lá, tomar as
rédeas da própria formação.
Por fim,
gostaria de comentar que a fala do professor Ney Carrasco se assemelhou muito
com a de Paulo Freire. Toda essa ideia de autonomia do aluno, de se apoderar do
conhecimento e recriá-lo/reinventá-lo, com uma postura crítica, reflexiva foi
muito legal. Realmente, somos treinados a aceitar tudo o que o professor fala
e, sem falar, em ser cordeiros guiados, como também ser vítimas de um educação
bancária, que somente se preocupa em depositar conhecimento.
A saída é
mudar isso, como o próprio professor afirmou. Se nossos professores não estão
conseguindo, é a nossa responsabilidade.
Pessoal, essa postagem serve mais como ideia de repertório, pois não irei esmiuçar a questão do arranjo em si.
Como tive acesso a essas duas canções "Your Song" de Elton John e "Keep Holding On" de Avril Lavigne e achei interessante que ambas possuem versões diferentes, algumas bem curtas, favorecendo o trabalho em sala de aula, considerei fundamental compartilhar.
Vamos
ouvir (VÍDEOS NO YOUTUBE):
CANÇÃO "YOUR SONG" DE
ELTON JOHN
Elton John (versão de 1970)
Interpretado por Cameron Mitchell (programa The Glee Project - 2011)
Esse vídeo foi bem complicado de conseguir, pois as poucas versões mostrando o Cameron cantando estão com qualidade sonora ruim.
Filme Moulin Rouge ( 2001) É preciso acessar pelo Youtube
PLANO DE AULA
Bom, tem ocorrido uma coisa muito curiosa comigo: gostar de determinada música, porém, não em sua versão original mas sim em um regravação com um arranjo diferente da original.
Dessa forma, a ideia que eu proponho para a aula é a seguinte:
O professor mostra uma música e versões diferentes dela. Obviamente, o professor questionará sobre a versão preferida. Os pontos que gostaram ou não de cada versão podem ser explorados pelo professor. Nos vídeos acima, muita coisa pode ser abordada: interpretação dos cantores, parte instrumental, harmonia, forma, etc. Após as colocações, o professor começa a atividade:
realização do arranjo
Essa atividade seria absurdamente livre. Até a escolha da música a ser arranjada pode ser livre, porém, é sempre bom o professor levar algumas sugestões para os alunos.
Apesar do arranjo ser livre, o professor pode alertar para certos aspectos que os alunos podem utilizar como
recurso. Eis alguns deles:
a) ideias de arranjo mais simples (turmas menos
avançadas musicalmente)
- linha melódica
- sons feitos com fontes alternativas
- ritmos simples
b) arranjos mais complexos
- harmonia
- estrutura instrumental da música
- execução
- ritmos mais complexos
Outra ideia, que pode facilitar o trabalho com a
turma, é utilizar apenas uma parte da música. O professor pode, por exemplo, utilizar
somente o refrão, ou ainda, como também uma versão resumida da música.
Esse exemplo é encontrado na música "Keep
Holding on" do programa The glee project.
A versão original ficou conhecida através da cantora
Avril Lavigne.
VÍDEOS NO YOUTUBE (é só digitar o nome da música ou do programa que aparece rapidamente) :
Canção "KEEP HOLDING ON" AVRIL LAVIGNE
VERSÕES DO PROGRAMA THE GLEE PROJECT
Performado
pelo brasileiro Matheus
&
Performado por Cameron Mitchell
No programa, é utilizada como despedida do participante eliminado. No caso do Cameron Mitchell, ele acabou pedindo para sair. Sinceramente, o cara canta pra caramba.
Interessante perceber duas coisas:
1) o arranho das músicas para o programa é diferente
da música original
2) a linha melódica é diferente em todos os casos.
Por fim, o professor avaliará coletivamente o resultado dos arranjos feitos.
Seria ideal a gravação das execuções e a posterior análise.
Um debate bastante interessante pode ser realizado com as opiniões que cada aluno/grupo tiver sobre o arranjo do outro colega/grupo.
Era isso.
PS: obviamente, seria muito interessante falar de aspectos relacionadas à história da vida dos músicos citados, como também do filme Moulin Rouge... essa questão fica a vontade de cada professor.